O número de exames
admissionais realizados do início da pandemia, de 1° de março até o dia 29 de
julho, corresponde a 33,92%, sendo o exame ocupacional o de maior demanda em
Sorocaba, de acordo com a Trabt, empresa especializada em medicina e segurança
do trabalho.
Segundo o médico do trabalho e diretor da empresa, Renan Paiva Moreno, o setor que mais
realizou exames admissionais foi o da construção civil, seguida de prestação de serviços e alimentação. “Mesmo com a pandemia, tivemos um número maior de exames admissionais comparado aos outros tipos de ASOS (Atestado de Saúde Ocupacional), sendo 27% o número correspondente aos exames demissionais e 22% aos exames periódicos”, detalha.Ainda de acordo com Renan,
houve uma queda de 40% no número de exames ocupacionais realizados, se
comparado ao período do ano passado. “Mas é preciso levar em conta vários
fatores que influenciaram este número absoluto, por exemplo, com a MP 927 em
vigor, tornou-se desobrigatório a realização dos exames ocupacionais. Agora,
com a sua caducidade, este cenário pode mudar”, explica.
Construção civil é o setor
com maior admissão
Monise Cristina Ribas
Nóbrega é engenheira civil e planejava abrir uma empresa no setor de construção
civil, mas com a chegada da pandemia ela se sentiu um pouco coagida. No
entanto, com o passar dos dias, ela notou que a procura por serviços na área
estava em alta. “Em meio a pandemia, a busca por reformas e construções no
geral aumentou muito. Resolvi iniciar o que já estava sendo planejado: assumi
minha primeira obra pela minha empresa e, então, tive a necessidade de
contratar uma equipe para me dar suporte”, explica a engenheira.
Ela contratou dois
profissionais para auxiliá-la nas obras, investimento calculado em torno de 4
mil reais por mês. A previsão é que até o final do ano as contratações estejam
asseguradas, visto que o término das obras ocorre em dezembro.
Em contraste com a
realidade da empresa da Monise, a qual vislumbrou boas oportunidades em meio a
pandemia, existem outras que se encontram há mais tempo no mercado, como é o
caso da Ambiental Logística, a qual sofreu um impacto negativo. “Estávamos para
iniciar algumas obras que iriam gerar vários empregos, porém as empresas
optaram por cancelá-las diante do que o mundo está passando. A pandemia
refletiu em toda cadeia produtiva”, comenta José Ângelo Domingos, proprietário
da empresa que oferece prestação de serviços ambientais, construção civil,
elétrica e hidráulica.
De acordo com José Ângelo,
o maior desafio tem sido se reorganizar para este novo cenário, a fim de não
encerrar os serviços, assim como voltar a gerar empregos. “Tem sido um desafio,
visto que não estamos tendo suporte do Governo Federal no enfrentamento dessa
situação. Mas, ainda assim, vamos
iniciar uma obra grande que vai gerar, aproximadamente, 20 vagas de emprego
diretas. As contratações serão mantidas de acordo com término da obra, com
previsão de seis meses”, finaliza.
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