Março foi o mês de conscientização sobre os direitos das mulheres e a importância de debater o assunto no ambiente de trabalho
Colaboradores da Trabt participaram
de palestra ministrada por especialista sobre o tema
Março
é um período de reflexão sobre os direitos das mulheres. Apesar dos avanços,
fato é que elas ainda lutam, diariamente, para conquistarem o seu lugar perante
a sociedade. O processo de empoderamento feminino depende da educação e da
comunicação, tanto que a primeira conquista, nesse sentido, foi em 1827, a
partir da Lei Geral, quando as meninas tiveram o direito de frequentar a
escola.
Com
o objetivo de proporcionar um momento de reflexão sobre o tema, a Trabt –
Medicina e Segurança do Trabalho promoveu uma palestra para os seus
colaboradores, ministrada pela advogada e Coordenadora Regional da Comissão da
Mulher Advogada da Ordem dos Advogados do Brasil Subseção São Paulo, Maria
Claudia Tognocchi Finessi, no último dia 16 de março. Na ocasião, também foram
doados kits maternidade para as detentas da Penitenciária Feminina de
Votorantim.
“Estamos
no mês da mulher, em que se é comemorado o Dia Internacional da Mulher e, por
conta disso, aproveitamos para falar um pouco sobre a questão envolvendo o
gênero feminino. Das problemáticas que as mulheres enfrentam desde o início dos
tempos, com seus direitos preteridos, com a inferioridade imposta pela
sociedade machista e na qual devemos debater e conversar, especialmente com o
público masculino, para que as mudanças aconteçam com o passar do tempo”, disse
a advogada.
Um dos temas no qual as mulheres lutam para terem seus direitos respeitados diz respeito ao trabalho. O artigo 461, da Consolidação das Leis Trabalhistas, diz que “sendo idêntica a função, a todo trabalhador igual valor, prestado ao mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade”. Na prática, dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que as mulheres ganham, em média, 20,5% menos que os homens.
Maria
Claudia ressalta, ainda, a importância de se debater a evolução dos direitos
das mulheres para entender os porquês da participação delas em cargos de chefia
ou na política, por exemplo. “Temos uma linha histórica muito recente com
relação aos direitos e conquistas femininas. Já se andou bastante neste
sentido, porém muito ainda tem que ser feito para que realmente tenhamos uma
igualdade, seja nas condições, nos direitos e também nas possibilidades da
mulher. É importante que se entenda o porquê desta luta feminina para que se
conquiste um espaço que já é das mulheres e que precisa, realmente, ser
entendido como o local onde ela pode chegar, ela pode viver, ela pode
trabalhar”.
No
quadro de funcionários da Trabt, as mulheres são a maioria. E, para Renan Paiva
Moreno, médico do trabalho e diretor da empresa de medicina e segurança do
trabalho, é um desafio vencer essa dificuldade de funções igualitárias entre
mulheres e homens. “Acho que devemos criar um ambiente harmonioso, de equidade,
onde todos possam se sentir em situações iguais, do ponto de vista da
produtividade, respeito, salário, condições de trabalho e saúde. É o que
procuramos buscar diariamente para os nossos colaboradores, clientes e
fornecedores, criando um ambiente único, mais seguro, saudável e harmonioso
para todos nós”, conclui.
Violência
sexual
Uma
em cada três mulheres já sofreu violência sexual no mundo e, na maioria dos
casos, o abusador é o próprio parceiro. O médico examinador da Trabt, César
Augusto, conta que já atendeu diversos casos no tempo em que trabalhou no SUS
(Sistema Único de Saúde). “Trabalhei 11 anos em postos de saúde e tive muita
influência dentro do SUS, e no meu lado humano, para atender os casos de
violência sexual. O paciente já chega carente, quer ser ouvido, quer um abraço,
um sorriso, um olhar melhor. Às vezes, você já não tem mais essa relação médico
e paciente tão influente hoje em dia. As pessoas não olham mais na cara do
paciente, olham só uma folha”, conta.
Saúde
pública
Um
dos tópicos abordados pela Dra. Maria Claudia Tognocchi Finessi foi a violência
obstétrica e o câncer de mama. Perante a lei, toda mulher tem acesso integral à
saúde e isso inclui a realização de mamografias, parto humanizado e pré-natal.
A
colaboradora da Trabt, Ana Diva Mariano, entra no número de mulheres que
tiveram câncer de mama e fizeram o uso do SUS para o tratamento. Para ela, a
palestra significou uma troca de conhecimentos. “Quando a Dra. Maria Claudia
falou sobre o câncer de mama e o atendimento no SUS, me emocionou, pois já
desenvolvi a doença. Na época, senti como se tivesse feito um tratamento em
hospital particular. Todo o processo no SUS – da quimioterapia até o
pós-cirúrgico – foi excelente”, finaliza.
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